terça-feira, 26 de maio de 2009

...é por isso que vale a pena...

...são por vivências como essa que tudo vale mais a pena...

trecho do blog de Flavia Sgavioli(d-alma.zip.net) após ter assistido o show do Projeto in Cantaria: "O que te toca?".

"O que me toca...
Abri a porta do teatro, estava vazio, fiquei com medo. Deu um nó na garganta, não pelo escuro, mas pelo teatro, por eu relembrar os momentos tensos e doces nas coxias dos teatros que já me apresentei. Fiquei estagnada por alguns minutos, sendo platéia de mim mesma, me questionando por que não fazia mais parte daquilo.
A porta se abre e pelo feixe de luz percebi um sorriso e um abraço acolhedor. Ufa! Era o companheiro da minha amiga, que pouco conheço, mas já reconheço muito. Eu estava alí para assitir a apresentação do grupo deles que fazia parte de um edital.
Sem hesitar ele pegou no meu braço e me puxou, rápido e eu não confiei: - confia em mim.
Me senti mal por não confiar, assumi a desconfiança e fui em passos curtos, no final no percurso confiei e lembrei como é bom confiar.
Minha amiga já estava lá, linda com uma saia branca cheia de retalhos, e uma blusa amarela. O palco estava em harmonia, violão, percussão, microfones e acessórios. Estava tudo muito colorido, bonito de se ver.

-Estou nervosa.
-Eu estou calma, vim te acalmar.

Depois dessa frase, sentei no meio do público, vazio. Só eu havia chegado. Logo chegaram três pessoas que julgariam o trabalho, com ar de superioridade que essas pessoas normalmente acham que devem manter. Sentaram-se na frente. O primeiro acorde do violão é tocado e singelamente entram no palco:
“Eu vim aqui pra te chamar pra cantar comigo, canto pra te encantar...”, me emocionei, me encantei e me entreguei a apresentação que tinha como público, eu, a irmã da minha amiga e os que julgariam.
No meio da apresentação, muitos elementos teatrais, algumas rimas e brincadeiras com sons: “toca, toca o que te toca?” e com essa brincadeira de sons, minha amiga:

-Flávia o que te toca?
-Arte me toca.

Não pensei pra falar, mas depois me questionei sobre o tipo de arte que me toca, e a brincadeira se repetiu com quem estava lá: “toca, toca, o que te toca?” o pensamento começou a ficar denso, que arte me toca?
Fim da apresentação, depois de um abraço de despedida em quem estava lá, saí correndo para o show do Lenine em São Bernardo. Passei na casa de uma amiga e fomos a pé, porque meu carro estava pulando feito um trator. Mas que delícia andar a pé rumo a um show de graça e do Lenine!
O show começa e ele entra ao palco, que energia, que ser especial, completo e grande:
“É muito bom estar aqui fazendo um show de graça pra vocês, eu adoro quando isso acontece e vocês têm que prestigiar e reivindicar por mais shows assim”. Algumas pessoas gritaram ao final da fala, outras não estavam preparadas para entender o cunho social envolvido nisso. O show foi maravilhoso, envolvente. Havia muita verdade naquela apresentação, havia muito prazer e muita certeza do que se estava fazendo. Ainda não tinha assistido algo tão completo, era tão completo que preenchia as lacunas no público disperso por não ser um cantor pop.

Acabou e eu pensei: acesso a cultura me toca, me tocou saber que estava disponível para quem quisesse e não para quem pudesse, arte das boas, voltei completa para casa. "

domingo, 24 de maio de 2009


Projeto in Cantaria no SESC Santo André

Dia 22/05 foi um dia muito feliz para o Projeto in Cantaria.

A convite de Jurema Barreto de Souza e Zhô Bertolini, editores da Revista A Cigarra, participamos do projeto "Poesia num dedo de Prosa" no SESC Santo André.

Envoltos a pessoas de todas as idades, cantamos, lemos poesia e dançamos juntos!

Viva a música e a poesia!

Eis que voltamos...

Refletimos, adaptamos, melhoramos e cá voltamos!!
Estamos muito felizes com essa nova fase que se inaugura.

Bora lá meu povo
que chegou o In Cantaria!!