Sobre umas das minhas experiências no II Congresso de Cultura Ibero-Americana

O dia havia começado com um seco bom dia. Momentos antes eu havia negociado comigo mesma por alguns instantes permanecer na cama. Algo falou mais alto, não sabotei. Sabia que tinha algo importante a fazer ao longo do dia. Após um curto, mas importante diálogo, parecia tudo estar mais em paz. Ele me mostrava com uma beleza quase lírica tudo que vinha acontecendo em nossas vidas e o quanto tudo estava sendo transformador. Quando saltei do carro minha respiração profunda já me mostrava o quanto tudo aquilo me fazia feliz - e me faz ainda. Um desfile de sotaques, cores, ternos e de repente uma ciranda: "ô cirandeiro, cirandeiro ó, a pedra do teu anel brilha mais do que o sol"...o brilho e o otimismo brasileiros tomando conta do lugar, dos ministros da cultura engravatados, dos hippies e de todos que lá estavam...quem eram não importava, e sim, o porquê estavam lá, afinal aquele encontro de diferentes figurinos era para mim muito simbólico. Menos de 24 antes estávamos dicutindo modelos e, aquele encontro de ternos e cores reafirmava algo que já vinha suspeitando:VIVEMOS EM TEMPOS ONDE O DIÁLOGO É A PREMISSA. Instituições, poder, valores. Estão e estamos todos sendo questionados. E, mais uma vez, aquela distribuição de sorrisos nos corredores e aquela energia de gente que junto quer transformar seguia me dizendo...é por aí filha, é exatamente isso que você veio fazer nesse mundo. Acredita e segue teu caminho.

Maria Carolina